sábado, 28 de maio de 2016

Sugestões de leitura

Deixo a referência para dois artigos interessantes: um, com o sugestivo título Do Pharmacists Buy Bayer? Informed Shoppers and the Brand Premium, publicado no Quarterly Journal of Economics, onde se conclui os consumidores com mais informação estão menos dispostos a pagar um prémio pelos medicamentos de marca (para a dor de cabeça). Assim, os farmacêuticos apenas os escolhem em 9% dos casos, contra 26% por parte dos consumidores médios. Outro, encontra apoio para a hipótese de que um aumento da concorrência entre os hospitais públicos faz melhorar a qualidade da gestão.


quinta-feira, 26 de maio de 2016

Foi publicado no Health Economics Review um artigo de Sofia Vaz e Pedro Ramos, antigos alunos do Mestrado em Gestão e Economia dos Serviços de Saúde da FEP (Faculdade de Economia do Porto). O artigo, Where did civil servants go? the effect of an increase in public co-payments on double insured patients é de acesso livre. Parabéns Sofia e Pedro! Estamos, mais uma vez, muito contentes!

sábado, 21 de maio de 2016

Resistência aos antibióticos

Em 2014, o governo inglês, preocupado com o problema da resistência aos antibióticos, nomeou uma comissão liderada por Jim O’Neill para estudar a questão e propor soluções. O relatório com as recomendações propostas foi publicado esta semana. Para além de discutir o problema e a necessidade de atuação, chama a atenção para a necessidade de medidas como campanhas de conscencialização da opinião pública. Uma medida particularmente controversa é a de "play or pay". As empresas farmacêuticas ou demonstram que estão a trabalhar nesta área ou têm de pagar às outras empresas que o fazem. Esta medida poderá dividir um setor onde a colaboração será essencial para a resolução do problema. Outro argumento contra a ideia é a possibilidade de as empresas "fingirem que estão preocupadas" com assunto quando efetivamente não estão. O relatório aponta ainda a necessidade de restringir o uso de antibióticos nas atividades agrícolas ou de criação animal. Nos EUA, 70% dos antibióticos que estão classificados como importantes do ponto de vista médico para o tratamento de pessoas são usadas em atividades agrícolas.

sábado, 14 de maio de 2016

Hospitais e Fórmula 1

A revista Visão acaba de divulgar uma notícia com o título "Hospital chama mecânicos da Fórmula 1 para salvar bebés em risco de vida" (aqui). Este é um bom exemplo de benchmarking entre setores, uma técnica que se ensina nas aulas de Estratégia. Com efeito, "dizem os livros", as empresas devem recorrer ao benchmarking para avaliar os seus pontos pontos fortes e fracos, assim como oportunidades de melhoria. Este benchmarking tanto pode ser efetuado com empresas da mesma indústria ou setor como com empresas que realizam particulamente bem uma determinada atividade, mesmo que num setor totalmente diferente, como está aqui em causa. Uma situação semelhante ocorreu com a British Airways que conseguiu melhorar os processos de manutenção, reabastecimento e tempo de limpeza entre voos estudando os processos usados nas corridas de fórmula 1 quando os carros vão às boxes (aqui e aqui).