terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Em momento de "balanço do ano" muito interessante este post da Forbes: "The Best Disruptive Writings of 2013", em particular a parte final relativa à saúde pública.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Variações de prática clínica

A Health Policy acaba de publicar um número especial dedicado ao tema das variações de prática clínica de acesso livre: Geographic Variation in Health Care - 40 years of Small-Area Variation. O autor de referência neste tema é Wennberg e um livro imprescindível é Tracking Medicine: A Researcher's Quest to Understand Healthcare. Informação sobre os EUA disponível aqui, sobre o Reino Unido aqui e sobre outros países aqui.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Centro Canadiano de Economia da Saúde

Foi recentemente lançado o Centro Canadiano de Economia da Saúde: http://www.canadiancentreforhealtheconomics.ca/

Ainda os problemas de assimetrias de informação entre médicos e companhias farmacêuticas

De acordo com uma notícia publicada esta semana no New York Times, a Glaxo vai deixar de pagar incentivos aos delegados de informação médica em função do número de receitas prescritas pelos médicos e vai abandonar a prática de remunerar os médicos pela participação em ações de promoção dos seus medicamentos (designadamente em conferências e encontros de profissionais de saúde). Porém, como se salienta aqui, não deixa de ser verdade que as companhias farmacêuticas têm informação da maior importância para os médicos, sendo necessário encontrar mecanismos de comunicar tal informação. Só que, hoje em dia, atendendo às novas tecnologias e sistemas de informação e às redes sociais, podem existir formas de o conseguir mais eficazes, mais baratas e com menores possibilidades de conflitos de interesse.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Utilização off label de medicamentos

O livro Bad Pharma (referido no post anterior) salienta que, em muitos casos, o prescritor não dispõe da evidência necessária para uma tomada de decisão apropriada. Uma das situações em que isso acontece é nas utilizações off label dos medicamentos. Existe uma utilização off-label de medicamentos sempre que estes são usados para uma finalidade terapêutica distinta daquela para a qual foi obtida autorização (por exemplo, um medicamento pode ser autorizado para tratamento do cancro do útero, mas não para tratamento do cancro do seio), em pacientes com características distintas daquelas onde se realizaram ensaios clínicos (por exemplo, os medicamentos foram estudados em adultos e são usados para tratar crianças) ou durante períodos de tempo mais alargados do que os considerados nos ensaios. Como recentemente se salientou no Blog da Health Affairs (http://healthaffairs.org/blog/2013/12/17/managing-off-label-drug-use/), a combinação de fortes incentivos económicos para as companhias farmacêuticas promoverem este tipo de utilizações "off label" (não terem de incorrer nos custos com os ensaios clínicos respetivos) conjugados com o não acompanhamento do que acontece nessas situações de utilização off label pode originar problemas de segurança e efetividade. Estas questões são aprofundadas neste artigo de Rodwin (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24088156).

Bad Pharma

No atual período natalício, aqui fica uma sugestão de prenda para quem se interessa sobre as questões de economia, gestão e políticas de saúde: o livro "Bad Pharma", de Ben Goldacre, recentemente publicado em Portugal com o (infeliz) título "Farmacêuticas da Treta". Escrito por um médico inglês, e devidamente fundamentado do ponto de vista científico, chama a atenção para a falta de evidência com que certas decisões médicas são tomadas (nomeadamente na escolha de medicamentos) por falhas associadas ao sistema vigente (sobretudo em termos de divulgação de informação). Foi considerado pelos leitores do GoodReads um dos melhores livros do ano na categoria não ficção.